O Imposto sobre Valor Agregado (IVA) é um mecanismo tributário que incide sobre cada etapa da cadeia produtiva de um bem, desde a produção até a venda final ao consumidor. Para entender melhor o funcionamento desse imposto, vejamos um exemplo prático aplicado à indústria têxtil com uma alíquota de 25%.

1. Produção de Algodão
O processo começa com o produtor rural, que vende algodão por R$ 50, dos quais R$ 40 correspondem ao valor do produto e R$ 10 são referentes ao IVA.

2. Indústria Têxtil
A indústria de tecelagem compra o algodão por R$ 50 e o transforma em tecido. Ao vender esse tecido para uma fábrica de roupas por R$ 75, ela incorpora o IVA de 25% sobre o valor do produto, que resulta em R$ 15 de imposto. No entanto, como a indústria já pagou R$ 10 de IVA na compra do algodão, ela precisa recolher apenas a diferença de R$ 5.

3. Fabricação de Roupas
A fábrica de roupas adquire o tecido por R$ 75 e o utiliza para confeccionar uma camiseta, que é vendida por R$ 125. Neste valor, R$ 100 correspondem ao custo do produto e R$ 25 ao IVA. Quando a fábrica recolhe o imposto, ela deduz os R$ 15 de IVA já pagos ao comprar o tecido, restando R$ 10 a serem recolhidos.

4. Venda ao Consumidor
Por fim, a loja de roupas compra a camiseta da fábrica por R$ 125 e a coloca à venda por R$ 250. Desse valor, R$ 200 correspondem ao produto e R$ 50 ao IVA. Como a loja já pagou R$ 25 de IVA na compra da camiseta, precisa recolher apenas R$ 25 adicionais.

Resultado Final
No total, a cadeia produtiva recolhe R$ 50 em IVA, distribuídos entre o produtor rural, a indústria, a fábrica e a loja. Este sistema, apesar de parecer complexo, é mais simples e eficiente em comparação ao labirinto tributário vigente, pois evita a cumulatividade e permite a dedução dos valores pagos nas etapas anteriores.