CRIMINOSOS USAM IDENTIDADE DE ROBERTO CARLOS PARA ENGANAR VÍTIMAS

26 de outubro de 2024

Uma cidadã de Londrina, Paraná, foi vítima de um golpe conhecido como “golpe do amor”, um esquema onde estelionatários manipulam emocionalmente suas vítimas para obter vantagens financeiras. A mulher, ao perceber que havia sido enganada, recorreu à polícia local especializada em estelionatos.

O golpe envolveu um perfil falso de uma rede social, onde o criminoso se passava pelo cantor Roberto Carlos. Alegando enfrentar problemas financeiros devido ao bloqueio de sua conta bancária e à ação de hackers, o golpista afirmou que não conseguia acessar seus fundos. Essa abordagem criou um cenário de confiança que levou a vítima a acreditar na história.

Prometendo devolver o dinheiro e oferecendo a oportunidade de um encontro pessoal durante um cruzeiro organizado pelo suposto cantor, o estelionatário convenceu a mulher a realizar várias transferências. Na tentativa de ajudar, a vítima usou todas as suas economias e ainda contraiu empréstimos em seu nome. Apenas quando os prejuízos se acumularam e o contato foi interrompido, ela percebeu que havia caído em um esquema de fraude.

Apesar de a polícia estar investigando as transações bancárias para identificar os responsáveis, as chances de recuperar os valores são reduzidas, dada a dificuldade em rastrear o dinheiro nessas operações. O prejuízo financeiro, segundo as autoridades, é considerado expressivo, mas não foi detalhado.

Para alertar seus fãs sobre esse tipo de golpe, a equipe de Roberto Carlos publicou uma nota em sua conta oficial no Instagram, esclarecendo que o artista não mantém perfis secretos nas redes sociais e não faz contato direto com admiradores, muito menos solicita ajuda financeira.

O “golpe do amor” é uma prática que tem se espalhado pelo país, especialmente em casos onde os criminosos exploram a fragilidade emocional das vítimas, muitas vezes em busca de conexões pessoais ou atraídas por perfis de figuras públicas. A recomendação é sempre desconfiar de perfis não verificados e de pedidos de transferência de dinheiro, que podem ser indícios de ações fraudulentas.