Quando o assunto é herança, poucos compreendem a magnitude do impacto dos impostos sobre o patrimônio deixado. No Brasil, o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) pode consumir até 8% do valor dos bens, o que, em um patrimônio de R$ 1 milhão, representaria uma perda de R$ 80 mil apenas em tributos. Essa realidade, muitas vezes, pode ser uma surpresa desagradável para os herdeiros, que precisam lidar não apenas com a dor da perda, mas também com a redução significativa do valor que receberam.
É aqui que entra a figura da holding familiar como uma estratégia eficaz de proteção patrimonial. Ao constituir uma holding, os bens podem ser transferidos por meio de cotas empresariais, e não diretamente como herança. Esse modelo permite que o ITCMD seja reduzido ou, em alguns casos, até mesmo eliminado, uma vez que a tributação sobre a transferência de quotas de empresas familiares, em determinadas condições, tende a ser mais vantajosa do que a sobre bens imóveis ou outros ativos.
Além da redução dos impostos, uma holding familiar oferece outra vantagem significativa: a possibilidade de planejar o pagamento desses tributos de forma estratégica. Ao permitir que a transferência de patrimônio seja feita ao longo do tempo, com um processo sucessório bem estruturado, evita-se o pagamento de grandes quantias em um único momento, o que pode gerar dificuldades financeiras para os herdeiros. Em vez disso, a sucessão se torna mais suave, e o patrimônio pode ser transmitido de maneira mais eficiente e menos onerosa.
A criação de uma holding familiar não só otimiza a gestão e a transmissão de bens, como também protege o valor do patrimônio ao minimizar a carga tributária, garantindo que seus herdeiros recebam o máximo possível do que foi acumulado ao longo de sua vida. Esse tipo de planejamento sucessório é uma forma inteligente e segura de proteger o futuro da sua família, proporcionando maior tranquilidade para todos os envolvidos.