Na manhã do dia 7 de janeiro, foi deflagrada em Minas Gerais uma operação conjunta entre a Polícia Federal e a Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social (CGINP), vinculada ao Ministério da Previdência Social. A ação, denominada Operação Progênie, desarticulou uma associação criminosa especializada em fraudar os cofres públicos federais. As apurações apontaram um prejuízo superior a R$ 7 milhões já causado ao erário, enquanto evitou-se um impacto financeiro que ultrapassaria R$ 9 milhões.
Durante a operação, autorizada pela Justiça Federal de Ponte Nova, foram executados dois mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão nos municípios de Ouro Preto, Mariana e Viçosa, localizados em Minas Gerais. O esquema criminoso se baseava na criação de identidades fictícias por meio da falsificação de certidões de nascimento, documentos de identidade e comprovantes de residência. Esses documentos fraudulentos eram utilizados para obtenção irregular de benefícios previdenciários, em especial aqueles direcionados a idosos de baixa renda.
As investigações identificaram 43 benefícios fraudulentos, o que possibilitou o rastreamento dos integrantes da organização criminosa. Os envolvidos responderão pelos crimes de estelionato qualificado e associação criminosa, cujas penas previstas variam de dois anos e quatro meses a nove anos e sete meses de reclusão.
O nome “Progênie” foi escolhido em referência à origem e à linhagem que caracterizavam as fraudes, predominantemente concentradas em um núcleo familiar específico. O termo, derivado do latim, alude à descendência, prole ou conjunto de filhos, refletindo a estratégia adotada pelo grupo para perpetuar o esquema ilícito.
A operação reforça a importância da integração entre órgãos investigativos no combate a crimes contra a Previdência Social, que impactam diretamente a sustentabilidade do sistema e a destinação dos recursos públicos para quem realmente necessita.