A busca por soluções antes de ingressar com uma ação judicial tem sido cada vez mais valorizada. O acordo extrajudicial surge como uma alternativa que pode trazer benefícios tanto para empresas quanto para indivíduos, evitando os custos e a demora de um processo judicial. Mas será que sempre vale a pena negociar antes de acionar a Justiça?
A primeira vantagem desse tipo de negociação é a rapidez. Processos podem levar anos até uma decisão definitiva, enquanto um acordo bem conduzido pode resolver a questão em poucos dias ou semanas. Além disso, os custos envolvidos tendem a ser menores, pois se evita o pagamento de diversas taxas e honorários que um processo judicial exige ao longo do tempo.
Outro ponto relevante é a previsibilidade. Em uma ação judicial, há sempre o risco de um desfecho inesperado, seja por uma interpretação diferente do juiz ou por mudanças na legislação e na jurisprudência. Já em um acordo, as partes têm controle sobre os termos e podem garantir que seus interesses sejam atendidos de maneira equilibrada.
Entretanto, nem todas as disputas podem ou devem ser resolvidas dessa forma. Em situações onde há grande desequilíbrio entre as partes ou quando um dos lados age de má-fé, a negociação pode se tornar um caminho perigoso. Se a parte mais frágil ceder em excesso apenas para evitar o processo, o acordo pode se transformar em um prejuízo disfarçado de solução.
Por isso, antes de decidir entre a negociação e o litígio, é essencial avaliar o histórico da outra parte, as provas disponíveis e os riscos envolvidos. Muitas vezes, uma negociação bem estruturada pode ser o melhor caminho, mas em outras, recorrer ao Judiciário é a única forma de garantir direitos e evitar prejuízos ainda maiores.
O mais sensato é contar com uma assessoria jurídica que auxilie na decisão, avaliando os prós e contras de cada alternativa. O direito não deve ser visto apenas como um instrumento de confronto, mas também como uma ferramenta para alcançar soluções justas e eficazes.