Hoje vamos trazer uma notícia intrigante sobre uma decisão recente da Justiça do Trabalho, onde dados pessoais foram fundamentais para determinar o desfecho de um processo. Fiquem comigo até o final!

A Segunda Vara do Trabalho de Bento Gonçalves utilizou a linha do tempo do Google Maps como prova digital em um caso de pedido de vínculo de emprego. O juiz constatou que a testemunha do trabalhador estava mentindo ao afirmar que havia prestado serviços para a empresa em questão.

O reclamante alegava ter trabalhado no depósito de verduras do empregador, e suas testemunhas confirmaram essa versão. No entanto, a defesa argumentava que nunca houve tal prestação de serviços e que o reclamante, na verdade, era um vendedor de hortifrútis para o estabelecimento.

Diante das divergências nos depoimentos, o juiz decidiu utilizar a prova digital fornecida pela ferramenta de linha do tempo do Google Maps. Essa ferramenta mostra os locais visitados pelo usuário com base em seu histórico de localização, um dado pessoal conhecido como geolocalização.

A testemunha que alegava ter trabalhado no depósito de verduras disponibilizou seu celular para verificação durante a audiência. Os dados pessoais obtidos revelaram que, no período em que afirmou ter prestado serviços no depósito, na verdade estava em outro local. Uma diligência realizada por um oficial de justiça confirmou que o local apresentado na linha do tempo não correspondia ao depósito de verduras.

Com base na prova digital e nos depoimentos, a decisão acolheu a tese da defesa, concluindo que o reclamante não trabalhava como cuidador de depósito de verduras. Assim, o pedido de vínculo de emprego foi considerado improcedente.

Essa é mais uma decisão da Justiça do Trabalho em que dados pessoais se tornam elementos essenciais para esclarecer contradições nos depoimentos. A utilização de provas digitais, como a geolocalização, mostra como os dados pessoais desempenham um papel importante na busca pela verdade nos processos judiciais.